terça-feira, 29 de novembro de 2011

Homenagem aos psicopedagogos

12 de Novembro foi o “Dia do Psicopedagogo”
Uma homenagem

Tem caixa-lúdica?-tem
tem tingido, cores, tesoura,
papel colorido, livro com flores,
bonecos, carrinhos… carinho
tem tempo para avaliar,
e tempo de intervir, deixar fluir!
Tem aprendente, tem ensinante
formando o ”par educativo”.
tem um "sujeito"
cujo desejo de aprender alguém roubou…
tem anamnese…
histórias compridas, de vidas sofridas,
histórias enfim…
psicopedagogia, fazer, feito de fala, escuta e afeto;
saber, que se acha nas linhas e entrelinhas do que se diz.
Psicopedagogo: um jeito de ser e fazer feliz!
Autor desconhecido

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

PROFESSORA SIM,TIA NÃO.


Veja se isso pode ajudar você!

Pesquisadora: Aracleide Ferreira de Souza Freitas

Assunto: PROFESSORA, SIM. TIA, NÃO.
Freire, Paulo (1993). Professora sim, tia não: Cartas a quem ousa ensinar. São Paulo: Olho D’água, 127 p. Review by Elizete Delima Carneiro and Mara Cristine Maia dos Santos (UNILASALLE)

 Freire introduz Professora sim, tia não procurando, através do enunciado, exigir um primeiro empenho à compreensão e entendimento não apenas do significado de cada uma das palavras que compõem o próprio enunciado, mas também sobre "o que elas ganham e perdem, individualmente, enquanto inseridas numa trama de relações" (p. 9). Assim, dividindo o enunciado em três blocos (a) professora, sim, (b) tia, não e (c) cartas a quem ousa ensinar, enfatiza a tarefa do ensinante, que requer comprometimento e gosto "de querer bem não só aos outros, mas ao próprio processo que ela implica" (p. 9) e sobre a impossibilidade de ensinar sem ousar. Ousar para "falar em amor", para que estudassem, aprendemos, ensinamos e conhecemos com o nosso corpo inteiro (...) para jamais dicotomizar o cognitivo do emocional (...) para ficar ou permanecer ensinando por longo tempo nas condições que conhecemos, mal pagos, depreciados e resistindo ao risco de cair vencidos pelo cinismo (p. 10).

Em sua análise sobre Professora, sim, tia, não, apresenta sobre tudo duas razões. De um lado o de evitar uma compreensão distorcida sobre a tarefa profissional do professor. De outro, o de ocultar a ideologia repousada na falsa identificação.

A tentativa de reduzir a professora à condição de tia é uma inocente armadilha ideológica em que, tentando-se dar a ilusão de adocicar a vida da professora, o que se tenta é amaciar a sua capacidade de luta, entretê-la no exercício de tarefas fundamentais (p.25).

Segue sua análise através das "cartas a quem ousa ensinar", expondo questões fundamentais sobre os que fazeres acima de tudo político-pedagógicos. Dessa forma, convida a questionar e a pensar sobre o ato de escrever puramente mecânico e o ato de pensar ordenadamente.

O texto, "embora simples", tem a intenção de mostrar a tarefa do ensinante que é também a de ser aprendiz, sendo preciso para isso ousar, o aprender a ousar, para dizer não à burocratização da mente a que nos expomos no dia-a-dia. Segundo Freire, é preciso ousadia ao próprio fato de se fazer professor, educador, que se vê responsável profissionalmente pela formação permanente. Nesse sentido, não se quer desmoralizar ou desvalorizar a figura da tia, mas questionar a desvalorização profissional, que vem acontecendo há décadas, de transformar a professora num parente postiço.

A posição de luta democrática que o professores testemunhas a seus alunos, dentro dos valores da democracia apresenta-se em três exigências: que a luta jamais se transforme em luta singular e individual, que se desafiem os órgãos da categoria para a luta e que haja sempre a formação permanente e que acima de tudo o educador esteja aberto à avaliação da prática.

Como educadores e educadores somos políticos, fazemos política ao fazer educação. Se sonharmos com a democracia, que lutemos, dia e noite, por uma escola em que falemos aos e com os educando, para que, ouvindo-os, possamos ser por eles ouvidos também (p. 92).

Vale a pena ler as cartas e refletir sobre elas, dando atenção especial a cada uma delas, pois a leitura crítica dos textos e do mundo tem a ver com mudança em processo. É preciso, então, compreender o processo do estudar, do ler, do observar, do reconhecer, do ensinar e do fazer.

É preciso que os educando, experimentando-se criticamente na tarefa de ler e de escrever, percebam as tramas sociais em que se constituem e se reconstituem a linguagem, a comunicação e a produção do conhecimento, fazendo da escola espaço de reflexão e conscientização. "A escola, em que se pensa, em que se atua, em que se cria, em que se fala, em que se ama, se adivinha a escola que diz sim à vida.. E não a escola que emudece e me emudece" (sic) (p.63).

Paulo freire ainda convida a um aprofundamento sobre a educação nos aspectos quantitativos e qualitativos; abordando também o problema dos salários dos professores, que são muitas vezes insignificantes, refletem a imagem de sua desvalorização pela sociedade. Surge dessa forma a necessidade de esclarecer a opinião pública sobre a situação em que se encontra o magistério. "Nenhuma sociedade se afirma sem o aprimoramento de sua cultura, da ciência, da pesquisa, da tecnologia, do ensino. Tudo isso começa com a pré- escola" (p. 53).

As cartas também resgatam algumas das qualidades indispensáveis aos educadores e educadoras. Alguns questionamentos se fazem presentes, sobre os quais vale refletir com a sociedade: que é ensinar? que é aprender? que compreensão temos de mundo? fazemos política ao fazer educação? o diferente de nós é superior ou inferior a nós? como deve ser a escola democrática?

Ao ler as cartas, é importante sabermos que o saber tem tudo a ver com o crescer, e que o crescer insere os sujeitos em um movimento dinâmico... "A imobilidade no crescimento é enfermidade e morte" (p. 125). "O saber tem tudo a ver com o crescer. Mas é preciso, absolutamente preciso, que o saber de minorias dominantes não proíba, não asfixie, não castre o crescer das imensas maiorias dominadas" (p. 127).

Enfim, nessa obra, Paulo Freire vem a enfatizar a importância de que professores se conscientizem e se desvencilhem da ideologia que manhosamente quer distorcer sua tarefa profissional. Assim, esclarece, orienta e incentiva professoras e professores a assumirem o papel político-social que desempenham. Sendo a educação ato política, requer comprometimento tanto na luta política, quanto nas reivindicações do corpo docente e na formação de cidadãos realmente críticos e atuantes.

Um abraço.
Fonte(s):

sexta-feira, 4 de novembro de 2011



Pesquisadora: Profª Aracleide

Transtorno neurológico chamado de discalculia dificulta o aprendizado da Matemática
Antes de acusar seu filho de preguiça por não conseguir resolver problemas matemáticos simples, de somar ou multiplicar, pense duas vezes: ele pode sofrer de uma doença que atinge 6% da população mundial - a discalculia. O transtorno neurológico dificulta o aprendizado da Matemática.
São afetados principalmente três campos: compreensão dos fatos numéricos (adição, subtração, multiplicação e divisão simples); realização de procedimentos matemáticos (como divisão de números grandes ou soma de frações) e semântica (compreensão da linguagem usada em problemas). "Discalculia não é dificuldade para fazer cálculos complexos. É a incapacidade de lidar com operações triviais", disse o neurologista José Alexandre Bastos à Agência Estado. O que não significa que, só porque tira notas baixas, seu filho tem o problema.
Segundo o especialista, para que uma criança seja diagnosticada com discalculia, é preciso excluir fatores que dificultam o aprendizado, como deficiência intelectual, problemas afetivos, ambiente de estresse em casa ou na escola. "O diagnóstico é feito por uma equipe multidisplicinar que costuma incluir um neurologista, um neuropsicólogo, um pedagogo e um fonoaudiólogo",
O treinamento matemático e o diagnóstico precoce contribuem para o tratamento da doença que, em alguns casos, requer uso de remédios.
Saiba mais sobre a discalculia
O que é:
 dificuldade para realizar problemas matemáticos simples.
Diagnóstico:
 deve ser feito por equipe multidisciplinar e excluir fatores emocionais, escolares e até deficiência intelectual.
Consequências:
 além das notas baixas e reprovação, há bullying, abandono escolar e prejuízo à autoestima infantil.
Tratamento:
 treinamento matemático com profissionais, acompanhamento psicológico e, em casos de outras doenças, como transtorno de déficit de atenção, remédios.

PSICOMOTRICIDADE RELACIONAL:Um enfoque informativo e profilático


Pesquisadora:Aracleide Ferreira de Souza Freitas

A professora Fátima Torres com a aluna Rafaela Bezerra.

A temática deste trabalho fundamentou-se tomando por base livros especializados na Psicomotricidade Relacional, confrontados com outras obras, não de ficção, mas baseadas nos conhecimentos profissionais de reconhecido saber, quando afirmam, nos diálogos desenvolvidos, que o olhar convence melhor do que qualquer outro tipo de pesquisa social.

Psicomotricidade Relacional é um método criado pelo eminente educador francês André Lapierre, com fundamentos na teoria de Henry Wallon.

Difundido no Brasil desde 1983, tem seu alicerce na comunicação não-verbal, enfatiza os aspectos relacionais, psicofísicos, socioemocionais, cognitivos e afetivos do ser humano.

É uma ciência que lida com o ser humano e suas variadas formas de manifestação. É uma práxis que procura dar espaço de liberdade onde a criança aparece inteira: com seu corpo, suas emoções, sua fantasia, sua inteligência em formação.

A Psicomotricidade Relacional destaca-se como uma ferramenta essencial para a compreensão do ser humano em sua globalidade. Atualmente, é um diferencial na atuação profissional, tornando-se indispensável em vários segmentos, a exemplo de escolas, clínicas, empresas, centros de segurança social, dentre outros.

É através do nosso corpo que mostramos nossos desejos, nossas frustrações, nossas necessidades, desde a mais tenra idade. Como nos diz André Lapierre, “A qualidade da vida é a qualidade do ser, e não do ter”.

Segundo os grandes educadores, é quando vencemos nossas dificuldades que nos tornamos livres para a aprendizagem e, conseqüentemente, para a vida.

Vivemos num momento social, econômico e político muito delicado, em que percebemos e sentimos muito próximos de nós a discriminação, a violência, o descaso com os valores morais e éticos, a falta de limites ou o excesso deles.

Na prática escolar, presenciamos constantemente relatos de pais e professores de que muitos filhos e alunos apresentam dificuldades na aprendizagem e no relacionamento, não conseguem se expressar adequadamente.

Segundo André Lapierre, “A Educação Infantil é a fase escolar que tem maior importância, pois é quando ainda é possível melhorar a estrutura para uma boa adaptação à realidade, com menos defesas neuróticas. O ideal seria uma educação psicomotora relacional numa seqüência, da Educação Infantil até a quarta série do Ensino Fundamental”.

A Psicomotricidade Relacional vem ao encontro dos alunos como prevenção, levando-os a alcançar o equilíbrio no seu desenvolvimento...

Por meio de trabalhos em grupo em que se privilegia a comunicação não-verbal, a Psicomotricidade Relacional na escola proporciona:
·         Despertar para o desejo de aprender.
·         Prevenir dificuldades de expressão motora, verbal e gráfica.
·         Estimular a criatividade.
·         Facilitar a integração social, elevando a capacidade da criança para enfrentar situações novas e criar estratégias positivas em suas relações.
·         Estimular para o ajuste positivo da agressividade, inibição, dependência, afetividade, auto-estima, entre outros distúrbios do comportamento.

É ainda um espaço de desenvolvimento pessoal e interpessoal, de estruturação da criança como ser, de investimento não em dificuldades e sintomas, mas nas suas possibilidades de crescimento.

Trabalhar com a psicoprofilaxia é tutelar a saúde sem necessariamente ocupar-se da patologia ou do problema já instaurado e identificado, o que torna o campo preventivo um espaço privilegiado da Psicomotricidade Relacional.

A Psicomotricidade Relacional é importantíssima para se compreender o desenvolvimento humano, por nos apontar uma perspectiva contemporânea. Isto é, o seu método está alicerçado num conjunto de teorias, que podem nos apontar o sofrimento psíquico sem, com isso, ter que enquadrá-lo em uma única teoria; o que está em foco é o ser humano, e não o seu sintoma. A partir dessa teorização, procura-se potencializar as soluções ativas de cada criança, tendo como intenção, portanto, ajudá-la a construir e conservar um equilíbrio pessoal dinâmico.

Essa construção acontece à medida que a criança vai, através do jogo espontâneo, integrando as suas dificuldades, necessidades e linguagem, de forma harmônica, com a realidade familiar e sócio-educativa, ou seja, com o meio em que está inserida.

Em grandes linhas, as crianças são encaminhadas a um trabalho com a Psicomotricidade Relacional por três motivos principais:

Comportamento: excessiva agressividade, inibição, falta de limites, baixa tolerância à frustração, hiperatividade, etc.

Aprendizagem: queda de rendimento, dificuldade de expressão verbal ou gráfica, problemas de orientação espaço-temporal, dificuldades de assimilar novos conteúdos apesar de apresentar um desenvolvimento cognitivo normal, distúrbios de atenção, entre outros.

Socialização: dificuldade de integração no grupo, recusa em participar em atividades grupais, dificuldades de enfrentar situações novas, etc.

Lapierre nunca esqueceu de salientar a máxima da Psicomotricidade Relacional:movimento é vida, e vida é relação. E foi justamente na compreensão dos significados e simbolismos contidos nos movimentos e nas interações humanas (o eu e o outro) que o fisioterapeuta francês estruturou essa forma interessante de abordagem sobre o ser humano.

No Recife (PE), o Ícone – Desenvolvimento Psicomotor, localizado na Rua Pe. Anchieta, no bairro da Torre, que tem como Diretor Científico Ibrahim Danyalgil, é o representante do método Psicomo-tricidade Relacional. Nesse centro de pesquisa, dentre outros serviços prestados, se desenvolve o curso de especialização em Psicomotricidade Relacional, com duração de três anos.



Fátima Tôrres é Graduada em Ed. Física pela UFPE e Pós-graduada em Psicomotricidade Relacional pelo Ícone – Desenvolvimento Psicomotor. Professora de Ed. Física e Coordenadora de Esportes no Colégio Fazer Crescer. Psicomotricista Auxiliar no Ícone – Desenvolvimento Psicomotor.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Aula expositiva!

Pesquisadora: Aracleide Fereira de Souza Freitas
  • Bom preparo e muito conhecimento sobre o assunto facilitam a tarefa...
  • segredos da boa aula expositiva:
  1. Dominar o conteúdo.Para demonstrar segurança e conduzir bem a atividade,estude o assunto a fundo.
  2. Planejar bem. Leve em consideração os conhecimentos prévios da turmsa sobre o tema e tenha clareza sobre o que os alunos vão aprender. Depois, articule essa estratégia a outras.
  3. Esquematizar as idéias a ser apresentadas. Isso ajuda agerir o tempo da aula e a não se perder.
  4. Escolher os suportes mais adequados. Pode ser simplismente o quadro - ou filmes,imagens, mapas e documentos históricos,por exemplo.
  5. Antecipar as dúvidas da turma. Pense em como articular a sua fala e  a dos alunos ao objetivo principal da aula.
  6. Avaliar o que foi aprendido.Faça isso por meio de outras atividades, como uma síntese individual ou em grupo sobre o que foi discutido.
  7. Aprender com a prática. Busque reconhecer quando a garotada ficou mais atenta ou se dispersou para corrigir possíveis erros de encaminahmento.
  8. Melhorar sua capacidade comunicativa.Avalie as próprias aulas com recursos como vídeo e o gravador, prestando atençaõ em gestos e tom de voz.
Fonte:outubro 2011 novaescola.org.br