sábado, 29 de setembro de 2012

ENEM 2012 CARTÃO DE CONFIRMAÇÃO DE INSCRIÇÃO



28 DE SETEMBRO DE 2012

O cartão de confirmação de inscrição ENEM 2012 é o documento indispensável para os dias do Exame. Sua função principal é de informar o local e horário de realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio. O Enem deste ano será realizado no primeiro final de semana do mês de novembro, 03 (sábado) e 04 (domingo). Os portões serão abertos às 12 horas e fechados às 13 horas, de acordo com o horário oficial de Brasília/DF.
A previsão é de que os cartões comecem a chegar aos participantes na primeira semana de outubro.
O participante que se atrasar e comparecer depois do horário previsto não poderá fazer a prova. Esta situação também se aplica aos candidatos que não levarem o cartão de inscrição do ENEM 2012 junto de um documento de identificação pessoal com foto, como RG (carteira de identidade) e CNH (Carteira Nacional de Habilitação), por exemplo. A exceção se aplica a quem tiver sido vítima de furto ou roubo e tiver em mãos boletim de ocorrência comprovando a situação.
No cartão de confirmação constam informações pessoais do estudante, como RG, CPF, eventual necessidade de atendimento especial, obtenção de certificação do ensino médio (se for o caso), além de detalhes da data, horários e local de prova do ENEM 2012, bem como o número de inscrição da pessoa.
Veja quais os procedimentos você deve tomar caso não receba o cartão de confirmação de inscrição ENEM 2012
Todos os documentos são entregues pelos Correios. Como o número de inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio vem crescendo a cada edição, dado tamanha importância que atingiu, podem existir eventuais falhas nas entregas das correspondências. A atual edição do Exame recebeu quase 6 milhões e 500 mil inscritos, número recorde desde sua criação.
Caso você seja um dos prováveis sortudos que não receberam o cartão de inscrição, não se preocupe, pois é possível imprimir o cartão de confirmação de inscrição do ENEM 2012 na internet. Para isto, basta acessar o site http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao/, tendo em mãos o número do CPF e a senha cadastrada durante a inscrição. Dias antes das provas, no endereço eletrônico ficará disponível a opção “Local de prova”. Clicando nela e informando os dados necessários, será possível visualizar e imprimir uma via do cartão.
Quem esqueceu a senha, também não precisa se preocupar. No mesmo site existe a opção “Esqueci minha senha” onde é possível recuperar a senha do ENEM 2012.
Continue sua preparação para as provas e boa sorte!

Atividade - 2.3 - Conceituando o hipertexto individualmente


PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educacional
PROINFO INTEGRADO – Programa Nacional de Formação continuada em Tecnologia Educacional
CURSO: Tecnologias na Educação Ensinando e Aprendendo com as TIC – 100hs
FORMADOR: Fábio Macedo
CURSISTA: Aracleide Ferreira de Souza Freitas
Atividade 2.3 conceituando o hipertexto individualmente.


“Hipertexto é o termo que remete a um texto em formato digital, ao qual se agregam outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso se dá através de referências específicas denominadas hiperlinks, ou simplesmente links. Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo de texto principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos conjuntos de informação, oferecendo acesso sob demanda as informações que estendem ou complementam o texto principal. O conceito de "linkar" ou de "ligar" textos foi criado por Ted Nelson nos anos 1960 e teve como influência o pensador francês Roland Barthes, que concebeu em seu livro S/Z o conceito de "Lexia"[carece de fontes?], que seria a ligação de textos com outros textos. Em palavras mais simples, o hipertexto é uma ligação que facilita a navegação dos internautas. Um texto pode ter diversas palavras, imagens ou até mesmo sons, que, ao serem clicados, são remetidos para outra página onde se esclarece com mais precisão o assunto do link abordado.
O sistema de hipertexto mais conhecido atualmente é a World Wide Web, no entanto a Internet não é o único suporte onde este modelo de organização da informação e produção textual se manifesta.”
(Wikipédia, a enciclopédia livre)

Emsíntese minha visão em relação ao hipertexto é um modelo de documento não linear onde os nós que vão interligá-lo à outro documento pode ser palavras, imagens, páginas, sons e ou referências.
Também é um termo que remete a um texto em formato digital ao qual agrega-se outros conjuntos de informação na forma de blocos e textos, portanto, é uma idéia bastante controvérsa pois alguns autores como (Bulter e Grusim-2005) defendem que o hipertexto não ocorre apenas no meio digital, ele já existe há milênios como no uso das enciclopédias de papel.Também Landaw 1995, entendem o hipertexto apenas nos ambientes digitais porque permitem acessar qualquer informação através da rede de internet WWW.
O hipertexto pode contribuir de maneira satisfatória no contexto escolar, pois sendo pesquisas em livros ou agilidade da internet ele pode incentivar tanto o professor quanto aluno à leitura e a produção individual ou colaborativa do conhecimento (re) construindo os parâmetros da instituição escolar hoje existente e decadente.
O hipertexto também traz como vantagem para a educação a construção do conhecimento compartilhado, um importante recurso para organizar material de diferentes disciplinas.
Finalmente a aprendizagem se dará por descoberta, e é individual, pois cada um fará as próprias associações realizando assim uma aprendizagem implícita e poderá colocar uma visão do assunto e em contrapartida aprender com a visão dos colegas.

Atividade 1.4-Entrevista com professores.


PROINFO: PROGRAMA NACIONAL DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
CURSO: TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO – ENSINANDO E APRENDENDO COM AS TIC – hs.
FORMADOR: FÁBIO MACÊDO
CURSISTA: ARACLEIDE FERREIRA DE SOUZA FREITAS
PROFESSOR ENTREVISTADO: MARIA DO SOCORRO DE MORAIS SILVA

ATIVIDADE 1.4


ENTREVISTA COM PROFESSORES

De acordo com a entrevista realizada com a professora do município de Coronel Ezequiel a senhora Maria do Socorro de Morais Silva, foi muito proveitoso o diálogo escrito da mesma onde irei aqui relatar através de um texto.
Primeiro em relação ao das tecnologias na escola a mesma definiu que os tencionamentos influenciam em todas as esferas, pois revelam padrões amplos e sistêmicos de mercados globais e fluxos de trabalho. E os alunos são clientes cidadãos, estudantes e pacientes dentro desse novo processo de aprendizagem tecnológica.
Segundo no que diz respeito aos computadores e a internet que foram inseridos nas atividades curriculares para fazer as mesmas coisas que eram feitas antes ou proporcionaram práticas inovadoras, pautadas na autoria e participação ativa dos estudantes é que adquiriram conhecimentos para que se aumentem a possibilidade de aprendizagem no ambiente educativo, que vão desde o conhecimento da função social da escola até as formas mais adequadas da realidade social, econômica, política e científica.
Terceiro faz-se a indagação: houve mudança na atuação docente? A entrevistada relatou que sim, através dos vínculos entre conhecimento, poder e tecnologia, em podermos verificar a boa utilização de determinados tipos de tecnologias e informações, como exemplo de inovação para a prática pedagógica através do uso de novas tecnologias.
Quarto, o que mudou na aprendizagem dos alunos em especial foi a melhoria da qualidade das aulas face as habilidades e competências necessárias aos discentes incluindo novas tecnologias.
Quinto, que novos aspectos requerem maior atenção de nossa parte a entrevistada complementou que será adaptar-se à complexidade que os avanços tecnológicos impõem a todos indistintamente. Dessa forma, é possível afirmar que o momento sociocultural em que vivemos é distinto de momentos anteriores da nossa civilização, pois é certo que as mudanças tecnológicas têm ocasionado mudanças em praticamente todas as esferas de nossas vidas diante do processo pedagógico inserido, nessa mudança de transformações sociotécnicas. Tais análises nos levam a verificar que estamos diante de um duplo desafio para educação.


Atividade 1.2 - Como eu sou como professora e aprendiz?


PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educacional
PROINFO INTEGRADO – Programa Nacional de Formação continuada em Tecnologia Educacional
CURSO: Tecnologias na Educação Ensinando e Aprendendo com as TIC – 100hs
FORMADOR: Fábio Macedo
CURSISTA: Aracleide Ferreira de Souza Freitas

ATIVIDADE – 1.2

Como Eu Sou como professora e aprendiz?

Sou uma educadora e realizo o trabalho com muito amor e dedicação. Sei da responsabilidade que tenho ao exercer minha profissão. Procuro desenvolver meu trabalho numa perspectiva de que cada aluno é um pesquisador e por isso mesmo acredito que o meu papel é de mediadora e incentivadora na busca de novos conhecimentos. Considero que a escola é um espaço de aprendizagem e pesquisa.

Como professora, preciso estimular meus alunos a aprender a encontrar as respostas necessárias ao seu aprendizado. É necessária a identificação das práticas de reflexão que já existirão e ainda existe na profissão docente, ou seja, criar lógicas de trabalho coletivas dentro das escolas através da troca de experiência e da partilha. Também sei que enquanto realizo meu trabalho estou aprendendo com meus alunos e a creditar que um bom professor não é detentor do conhecimento, mas espera que os novos conhecimentos aconteçam a partir do momento que os seus alunos construam através da pesquisa, ser professor é estar atualizando-se mesmo após vários cursos.

Como aprendiz, sei que é importante competência educativa e atualização constante para realizar um trabalho de qualidade em sala de aula visando às mudanças que acontecem a cada momento. Porque como diz Nóvoa (...) as escolas valem o que vale a sociedade, por isso é essencial ter condições de dignidade profissional onde a competência pedagógica deve ser um misto de base teórica e prática. Por isso é importante que o professor esteja em constante aprendizado para novos modelos de organização. A minha prática pedagógica é baseada na pesquisa, pois considero que sempre consigo aprender com meus colegas, com meus alunos, nos cursos de aperfeiçoamento, treinamento, especialização, entre outros. Sinto-me feliz ao realizar meu trabalho ao lado de minhas companheiras de profissão pois há um conhecimento pedagógico e profissional para responder as exigências de um conhecimento científico e específico dos professores.

Atualmente, desenvolver projetos com os alunos torna-se uma prática indispensável na educação, frente aos avanços da tecnologia, ao dinamismo oferecido pela internet, à rapidez e instantaneidade das informações, o professor necessita aperfeiçoar seu trabalho em sala de aula. Por esse motivo, acredito que o Curso Proinfo Integrado será fundamental para melhoria da qualidade e a eficácia do meu trabalho dentro do processo de aprendizagem com significado preciso.




Atividade 1.1


PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educacional
PROINFO INTEGRADO – Programa Nacional de Formação continuada em Tecnologia Educacional
CURSO: Tecnologias na Educação Ensinando e Aprendendo com as TIC – hs
FORMADOR: Fábio Macedo
CURSISTA: Aracleide Ferreira de Souza Freitas


ATIVIDADE 1.1 REFLEXÕES INICIAIS

      Como professora reflito sobre como a escola se coloca diante deste novo panorama na sociedade dizendo que a Tecnologia na Educação requer um olhar mais abrangente, envolvendo novas formas de ensinar, de aprender e de desenvolver um currículo condizente com a sociedade tecnológica, a qual se caracteriza pela integração, complexidade e convivência com a diversidade de linguagens e formas de representar o conhecimento.
      E o que mudou na última década foi a forma de compreender as potencialidades inerentes a cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender poderá trazer avanços substanciais à mudança da escola, a qual se relaciona com um processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação.
      Diante desse novo desafio sinto-me ainda uma aprendiza que procuro melhorar minha prática pedagógica para que possa mediar essa aprendizagem com propriedade e segurança.
Saliento que a minha postura diante da necessidade de aprender ao alongo da vida e das novas formas de letramento/alfabetização é de ampliar meus conhecimentos sobre essa modalidade de conhecer de forma fundamental essa metodologia como forma de aprender e ensinar.
      Faço minhas as palavras de Pozo. “Vivemos em uma sociedade de aprendizagem, na qual aprender constitui uma exigência social crescente que conduz a um paradoxo: cada vez mais se aprende mais e cada vez mais se fracassa na tentativa de aprender.”
      Porém essa epígrafe nos fomenta a pensar sobre como estamos conduzindo nossas crianças ao conhecimento. Vive-se em uma era de informação, mas ao mesmo tempo, existe um fracasso de aprendizagem nas estatísticas educacionais. O que acontece de errado então? O autor argumenta que é necessária uma nova cultura da aprendizagem. Aprendizagem esta que deve ser gerada e concebida de outra maneira. Estamos lidando com muita informação, com diversas tecnologias, porém é visível que crianças e adultos não conseguem interpretá-las. Historicamente a imprensa proporcionou ao homem novas formas de ler, que mudaram a cultura da aprendizagem. Hoje as tecnologias estão distribuindo todo esse saber, porém são imprescindíveis, novas maneiras de alfabetização (literária, gráfica, informática, etc.)
      A escola precisa formar um aluno que saiba dar sentido a tanta informação, e que eles adquiram capacidade de uma aprendizagem a uma assimilação crítica dessa informação. A aprendizagem deve ser internalizada não mais por repetição. O aluno hoje que decora, não interessa mais ao mercado de trabalho. Hoje, o mercado de trabalho busca um ser pensante, crítico... E isso só se constrói com muita leitura interpretativa. Como ele mesmo diz um conhecimento verdadeiro, um saber ordenado. Para que isso aconteça de maneira concreta, sugere o ensino das novas competências para a gestão do conhecimento. São elas: Competências para a aquisição de informação; Competências para a interpretação da informação; Competências para a análise da informação; Competências para a compreensão da informação; Competências para a comunicação da informação. No entanto, essa nova cultura de aprendizagem irá ocorrer, quando o perfil de aluno e do professor mudar completamente. Principalmente no que diz respeito ao currículo escolar, exigindo novas funções dos docentes e discentes, com profunda mudança de mentalidade no processo de ensino aprendizagem, criando então, essa nova cultura. Esse será o novo desafio a ser enfrentados por nossos sistemas educacionais. Dessa maneira tanto saber, não fracassará mais ao se tentar aprender.





terça-feira, 25 de setembro de 2012

O que trabalhar com crianças do Maternal I (2 a 3 anos)


Pesquisadora: Aracleide Ferreira de Souza Freitas - professora/coordenadora pedagógica

MATERNAL I (2 a 3 anos)

 OBJETIVO:

Promover o desenvolvimento físico, psíquico e social da criança respeitando sua maturidade emocional. Incentivar o uso do raciocínio através de atividades recreativas que valorizem a auto estima do aluno.
 ATIVIDADES:

• Controle dos esfíncteres, de forma gradativa e com grande paciência e estímulo/incentivo por parte do professor.

• Higiene Bucal apõe as refeições, estimulando e incentivando para o uso da escova.

• Alimentar-se sozinho, com ajuda do professor, aos poucos as crianças aprendem a levar a colher sozinha à boca.

• Introdução de alimentos sólidos, onde aos poucos as crianças deverão se alimentar normalmente, como as crianças maiores, tirando a sopa e a fruta.

• Estimulação do próprio corpo,  identificando e nomeando as partes do corpo. Pode utilizar músicas e brincar de lavar a boneca. No banho também se nomeia o corpo.

• Garatuja: folhas em branco, onde a criança poderá pintar com lápis, giz de cera e/ou guache (tomando muito cuidado para não levar à boca e aos olhos).

• Exercícios de encaixe, sempre incentivando para que a criança acerte. De início o professor deve ajudar a criança, até que ela consiga associar a forma ao buraco.

• Jogos de bola em rodas, promovendo a integração social, onde a criança deverá joga-la para o amigo, dizendo o nome (ou dito pelo professor).

• Trabalhos manuais com massinhas e argila, deixando que estes manuseiem bastante.

• Incentivo e desenvolvimento da fala, onde o professor deverá conversar e estimular para que a criança consiga manifestar o que quer, não permitindo que ela só se manifeste por gestos.

• Ampliar seu vocabulário, conversando diariamente, com a criança sobre os aspectos do dia-a-dia.

• Incentivar e permitir a fala da criança em todas as atividades possíveis, falando corretamente com a criança. Mostrar à criança a conveniência de falar em voz baixa, trabalhando com a criança o saber escutar.

• Apresentação das cores.

• Trabalhos com músicas gestuais, cantigas de roda e dança, estimulando partes do corpo.

• Contos de histórias curtas.

• Coordenação motora livre, como rasgar papel, brincar de massinha, etc.

• Brincadeiras de imitar os adultos, como escovar os dentes de bonecas, fazer comidinha, ir as compras, banho de bonecas, etc.

• Explorar o ambiente escolar, mostrando árvores, passarinhos, parquinho, etc.

• O uso do parquinho diário, pois nessa idade a criança tem bastante energia e grande dificuldade de concentração, por isso todas as atividades devem ser curtas e com bastante estímulo/incentivo por parte do professor.

• Imposição de limites e boas maneiras, dizendo "não" à criança, toda vez que colocar em perigo si mesmo, os colegas, tias e o ambiente escolar.

• Traçados simples: Coordenação Motora.

• Formas Geométricas: círculo, quadrado e triângulo
 OBJETIVOS SÓCIO-EMOCIONAIS:

1. Desenvolve hábitos de asseio: pedir para ir ao banheiro, lavar as mãos, limpar o nariz, etc.

2. Habitua-lo a usar os clichês sociais. Exemplo: Por favor, muito obrigado, com licença, etc.

3. Permitir que a criança seja independente.

4. Deixa-la explorar ao máximo os objetos e brinquedos.

5. Levar a criança a brincar com os outros do grupo.

6. Fazer com que a criança não fixe em um único colega.

7. Mantê-la ocupada.

8. Levar a criança a participar das atividades de grupo.

OBSERVAÇÕES:

 CARACTERÍSTICAS:

Aproximadamente entre 2 e 3 anos.

• Egocentrismo.

• Descobertas: tato, movimentos, formas, pessoas, texturas, reprodução de sons, andar, comunicação, etc.

• Coordenação Motora: abrir, fechar, empilhar, encaixar, puxar, empurrar, etc.

TIPOS DE BRINCADEIRAS:

• Brincadeiras referentes à educação sensório-motora (sentir/executar).


• Exploração, canto, perguntas e respostas, esconder.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Câncer de Mama



Pesquisadora; Professora Aracleide Ferreira de Souza Freitas

Como são as mamas:

As mamas (ou seios) são glândulas e sua função principal é a produção de leite. Elas são compostas de lobos que se dividem em porções menores, os lóbulos, e ductos, que conduzem o leite produzido para fora pelo mamilo. Como todos os outros órgãos do corpo humano, também se encontram nas mamas vasos sanguíneos, que irrigam a mama de sangue, e os vasos linfáticos, por onde circula a linfa. A linfa é um líquido claro que tem uma função semelhante ao sangue de carregar nutrientes para as diversas partes do corpo e recolher as substâncias indesejáveis. Os vasos linfáticos se agrupam no que chamamos de gânglios linfáticos, ou ínguas. Os vasos linfáticos das mamas drenam para gânglios nas axilas (em baixo dos braços) na região do pescoço e no tórax.

Os tipos de câncer de mama:

O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma desordenada. A maioria dos cânceres de mama acomete as células dos ductos das mamas. Por isso, o câncer de mama mais comum se chama Carcinoma Ductal. Ele pode ser in situ, quando não passa das primeiras camadas de célula destes ductos, ou invasor, quando invade os tecidos em volta. Os cânceres que começam nos lóbulos da mama são chamados de Carcinoma Lobular e são menos comuns que o primeiro. Este tipo de câncer muito freqüentemente acomete as duas mamas. O Carcinoma Inflamatório de mama é um câncer mais raro e normalmente se apresenta de forma agressiva, comprometendo toda a mama, deixando-a vermelha, inchada e quente.



O câncer de mama, como muitos dos cânceres, tem fatores de risco conhecidos. Alguns destes fatores são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que uma pessoa tem a este determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver este câncer.
Existem também os fatores de proteção. Estes são fatores que, se a pessoa está exposta, a sua chance de desenvolver este câncer é menor.

Os fatores conhecidos de risco e proteção do câncer de mama são os seguintes:

Idade:
 
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O câncer de mama é mais comum em mulheres acima de 50 anos. Quanto maior a idade maior a chance de ter este câncer. Mulheres com menos de 20 anos raramente têm este tipo de câncer.
Exposição excessiva a hormônios:
 
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Terapia de reposição hormonal (hormônios usados para combater os sintomas da menopausa) que contenham os hormônios femininos estrogênio e progesterona aumentam o risco de câncer de mama. Não tomar ou parar de tomar estes hormônios é uma decisão que a mulher deve tomar com o seu médico, pesando os riscos e benefícios desta medicação.
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Anticoncepcional oral (pílula) tomado por muitos anos também pode aumentar este risco.
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Retirar os ovários cirurgicamente diminui o risco de desenvolver o câncer de mama porque diminui a produção de estrogênio (menopausa cirúrgica).
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Algumas medicações "bloqueiam" a ação do estrogênio e são usadas em algumas mulheres que tem um risco muito aumentado de desenvolver este tipo de câncer. Usar estas medicações (como o Tamoxifen) é uma decisão tomada junto com o médico avaliando os risco e benefícios destas medicações.
Radiação:
 
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Faz parte do tratamento de algumas doenças irradiarem a região do tórax. Antigamente muitas doenças benignas se tratavam com irradiação. Hoje, este procedimento é praticamente restrito ao tratamento de tumores. Pessoas que necessitaram irradiar a região do tórax ou das mamas têm um maior risco de desenvolver câncer de mama.
Dieta:
 
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Ingerir bebida alcoólica em excesso está associado a um discreto aumento de desenvolver câncer de mama. A associação com a bebida de álcool é proporcional ao que se ingere, ou seja, quanto mais se bebe maior o risco de ter este câncer. Tomar menos de uma dose de bebida alcoólica por dia ajuda a prevenir este tipo de câncer (um cálice de vinho, uma garrafa pequena de cerveja ou uma dose de uísque são exemplos de uma dose de bebida alcoólica).Se beber, portanto, tomar menos que uma dose por dia.
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Mulheres obesas têm mais chance de desenvolver câncer de mama, principalmente quando este aumento de peso se dá após a menopausa ou após os 60 anos. Manter-se dentro do peso ideal (veja o cálculo de IMC neste site), principalmente após a menopausa diminui o risco deste tipo de câncer.
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Seguir uma dieta saudável, rica em alimentos de origem vegetal com frutas, verduras e legumes e pobre em gordura animal pode diminuir o risco de ter este tipo de câncer. Apesar dos estudos não serem completamente conclusivos sobre este fator de proteção, aderir a um estilo de vida saudável, que inclui este tipo de alimentação, diminui o risco de muitos cânceres, inclusive o câncer de mama (veja Dieta do Mediterrâneo neste site).
Exercício físico:
 
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Exercício físico normalmente diminui a quantidade de hormônio feminino circulante. Como este tipo de tumor está associado a esse hormônio, fazer exercício regularmente diminui o risco de ter câncer de mama, principalmente em mulheres que fazem ou fizeram exercício regular quando jovens.
História ginecológica:
 
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Não ter filhos ou engravidar pela primeira vez tarde (após os 35 anos) é fator de risco para o câncer de mama.
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Menstruar muito cedo (com 11 anos, ou antes) ou parar de menstruar muito tarde expõe a mulher mais tempo aos hormônios femininos e por isso aumenta o risco deste câncer.
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Amamentar, principalmente por um tempo longo, um ano ou mais somado todos os períodos de amamentação, pode diminuir o risco do câncer de mama
História familiar:
 
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Mulheres que tem parentes de primeiro grau, mães, irmãs ou filhas, com câncer de mama, principalmente se elas tiverem este câncer antes da menopausa, são grupo de risco para desenvolver este câncer.
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Apesar de raro, homens também podem ter câncer de mama e ter um parente de primeiro grau, como o pai, com este diagnóstico também eleva o risco familiar para o câncer de mama.
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Pessoas deste grupo de risco devem se aconselhar com o seu médico para definir a necessidade de fazer exames para identificar genes que possam estar presentes nestas famílias. Se detectado um maior risco genético, o médico pode propor algumas medidas para diminuir estes riscos. Algumas medidas podem ser bem radicais ou ter efeitos colaterais importantes. Retirar as mamas e tomar Tamoxifen são exemplos destas medidas. A indicação destes procedimentos e a discussão dos prós e contras é individual e deve ser tomada junto com um médico muito experiente nestes casos.
Alterações nas mamas:
 
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Ter tido um câncer de mama prévio é um dos maiores fatores de risco para este tipo de câncer. Manter-se dentro do peso ideal, fazer exercício físico, seguir corretamente as recomendações do seu médico e fazer os exames de revisão anuais são medidas importantes para diminuir a volta do tumor ou ter um segundo tumor de mama.
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Ter feito biópsias mesmo que para condições benignas está associado a um maior risco de ter câncer de mama.
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Mamas densas na mamografia estão associadas a um maior risco para este tumor. É muito importante que a mamografia seja feita em um serviço qualificado e que o exame seja comparado com exames anteriores.
Sintomas do câncer de mama:

O câncer de mama normalmente não dói. A mulher pode sentir um nódulo (ou caroço) que anteriormente ela não sentia. Isso deve fazer ela procurar o seu médico. O médico vai palpar as mamas, as axilas e a região do pescoço e clavículas e se sentir um nódulo na mama pedirá uma mamografia.
A mulher também pode notar uma deformidade na suas mamas, ou as mamas podem estar assimétricas. Ou ainda pode notar uma retração na pele ou um líquido sanguinolento saindo pelo mamilo. Nos casos mais adiantados pode aparecer uma "ferida" (ulceração) na pele com odor muito desagradável.
No caso de carcinoma inflamatório a mama pode aumentar rapidamente de volume, ficando quente e vermelha.
Na maioria dos casos, a mulher é a responsável pela primeira suspeita de um câncer. É fundamental que ela conheça as suas mamas e saiba quando alguma coisa anormal está acontecendo. As mamas se modificam ao longo do ciclo menstrual e ao longo da vida. Porém, alterações agudas e sintomas como os relacionados acima devem fazer a mulher procurar o seu médico rapidamente. Só ele pode dizer se estas alterações podem ou não ser um câncer. 

Como se faz o diagnóstico de câncer de mama:

A mamografia é um Rx das mamas. Este exame também é feito para detecção precoce do câncer quando a mulher faz o exame mesmo sem ter nenhum sintoma. Caso a mama seja muito densa, o médico também vai pedir uma ecografia das mamas.
Se a mamografia mostra uma lesão suspeita, o médico indicará uma biópsia que pode ser feita por agulha fina ou por agulha grossa. Geralmente, esta biópsia é feita com a ajuda de uma ecografia para localizar bem o nódulo que será coletado o material, se o nódulo não for facilmente palpável. Após a coleta, o material é examinado por um patologista (exame anátomo-patológico) que definirá se esta lesão pode ser um câncer ou não.

Tratamento para o câncer de mama:

Existem vários tipos de tratamento para o câncer de mama. São vários os fatores que definem o que é mais adequado em cada caso. Antes da decisão de que tipo de tratamento é mais adequado o médico analisa o resultado do exame anátomo-patológico da biópsia ou da cirurgia se esta já tiver sido feita. Além disso, o médico pede exames de laboratório e de imagem para definir qual a extensão do tumor e se ele saiu da mama e se alojou em outras partes do corpo.
Se o tumor for pequeno, o primeiro procedimento é uma cirurgia onde se tira o tumor. Dependendo do tamanho da mama, da localização do tumor e do possível resultado estético da cirurgia, o cirurgião retira só o nódulo, uma parte da mama (geralmente um quarto da mama ou setorectomia) ou retira a mama inteira (mastectomia) e os gânglios axilares.
As características do tumor retirado e a extensão da cirurgia definem se a mulher necessitará de mais algum tratamento complementar ou não. Geralmente, se a mama não foi toda retirada, ela é encaminhada para radioterapia.
Dependendo do estadiamento, ou seja, quão avançada está a doença (tamanho, número de nódulos axilares comprometidos e envolvimento de outras áreas do corpo), também será indicada quimioterapia ou hormonioterapia. Radioterapia é o tratamento que se faz aplicando raios para eliminar qualquer célula que tenha sobrado no local da cirurgia que por ser tão pequena não foi localizada pelo cirurgião nem pelo patologista. Este tratamento é feito numa máquina e a duração e intensidade dependem das características do tumor e da paciente.
Quimioterapia é o uso de medicamentos, geralmente intravenosos, que matam células malignas circulantes. O tipo de quimioterápico utilizado depende se a mulher já está na menopausa e a extensão da sua doença. Hormonioterapia é o uso de medicações que bloqueiam a ação dos hormônios que aumentam o risco de desenvolver este tipo de câncer. Este tratamento é dado para aquelas pacientes em que o tumor mostrou ter estes receptores positivos (receptor de estrogênio e receptor de progesterona).

Detecção precoce do câncer de mama:

O exame de palpação realizado pelo médico e a mamografia são os exames realizados para uma detecção precoce desse tipo de câncer.

Como o médico faz esse exame?

O exame mais fácil de se realizar para se detectar uma alteração da mama é o exame de palpação. Neste exame o médico palpa toda a mama, a região da axila e a parte superior do tronco em busca de algum nódulo ou alteração da pele, como retração ou endurecimento, e de alguma alteração no mamilo.
A mamografia é um Raio X das mamas e das porções das axilas mais próximas das mamas. Nesse exame, o radiologista procura imagens sugestivas de alterações do tecido mamário e dos gânglios da axila. A ecografia das mamas pode auxiliar o radiologista a definir que tipo de alterações é essas.
Esses exames, quando realizados anualmente ou mais frequentemente, dependendo da história individual da paciente (presença de fatores de risco ou história de tumores e biópsias prévias), pode diminuir a mortalidade por esse tipo de tumor, quando realizados entre os 50 e os 69 anos.
Porém, este tipo de tumor tem características diferentes para populações diferentes. Isto altera o quanto a mamografia é eficaz em diminuir a mortalidade por este tipo de tumor.

Realizar esses exames entre os 40 e os 49 anos pode diminuir a mortalidade por este tipo de tumor, mas o efeito dessa diminuição só se dará quando essas mulheres tiverem mais de 50 anos.