terça-feira, 31 de julho de 2012

Projeto Pedagógico: O Corpo e Higiene





Estado do Rio Grande do Norte
Prefeitura Municipal de Coronel Ezequiel / RN
Secretaria Municipal de Educação Cultura e Desportos.
Unidade de Ensino Lina Maria da Conceição
Sítio Santa Quitéria
Coronel Ezequiel / RN


PROJETO: O corpo e higiene.

TEMA: Eu e meu corpo.
ELABORAÇÃO: Aracleide Ferreira de Souza Freitas
DURAÇÃO: 16  a 27 de julho de 2012
DIRETORA: Maria Vitalma da Silva
CLIENTELA: Alunos do 4º e  5º anos do Ensino Fundamental

JUSTIFICATIVA: A escolha desse projeto surgiu pelo fato dos alunos apresentarem maiores necessidades e precisarem de orientações de como cuidar do próprio corpo. Pois nesta fase é importante que os alunos adquiram, aproveitem todas as oportunidades para valorizar a vida, a saúde, a higiene e o meio onde vivem.

OBJETIVO GERAL: Conhecer e valorizar o próprio corpo e conscientizar os alunos sobre a importância da higiene para uma vida saudável.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

· Socializar.
· Ampliar e enriquecer o vocabulário para interagir com o meio.
· Desenvolver a linguagem oral, a coordenação motora e a criatividade.
· Desenvolver o gosto pela música.
· Estimular a concentração e atenção.
Valorizar seu corpo, sua saúde, sua vida, seu meio social e ambiental;
· Identificar as partes do corpo.
· Identificar as partes do rosto.
· Reconhecer e desenvolver os cinco sentidos (tato, visão, olfato, paladar e audição).
· Nomear as partes do corpo e os órgãos do sentido;
Adquirir noções fundamentais sobre a higiene em nossa vida;
Reconhecer a importância e a necessidade de se ter uma boa higiene corporal, bucal e mental;
Desenvolver o hábito de cuidar de si mesmo;
Realizar atividades diárias de higiene;
Organizar rotinas de práticas de escovação dos dentes;
Estimular para a prática correta de tomar banho, cortar as unha e cabelos;
· Visualizar e interpretar imagens;
Dramatizar histórias;

CONTEÚDO:

· Corpo e higiene;
· Órgãos dos sentidos;
· Alimentação e saúde;
· Artes plásticas: pintura, modelagem, recorte e colagem com material diverso, desenho livre e dirigido;
· Músicas;
· Sistema de numeração, (traçado, noção de quantidade);
· Linguagem oral;
· Descoberta do corpo;
· Motricidade;
· Expressão corporal;
· Dramatização e criatividade;
· Movimento;

METODOLOGIA:

Conversas e debates; (importância dos alimentos para a saúde, importância dos cuidados com o corpo e higiene).
· Visualização e descrição sobre as partes do corpo;
· Cartazes com regras de higiene;
· Músicas relacionadas ao tema;
· Historinhas: “O Sanduíche da Maricota” - Avelino Guedes – Editora – Moderna. “A Galinha Ruiva” – Editora FTD.
Jogos (quebra-cabeça, figuras, labirinto, ligar e jogo da memória);
· Recorte e colagem de gravuras;
Dinâmicas de grupo;
Reprodução de histórias;
Exposição dos bonecos ilustrados de cada criança;
· Confecção do livrinho: O dentinho;
· Grafismo: desenho, pintura, traçado;

CULMINÂNCIA: DIA DA BELEZA.
Ø  Dia D da escovação
Ø  Dia D da caça ao piolho
Ø  Dia D do lava cabelos e cortes de cabelo- hidratação...
Ø  Sorteio de escovas, pentes finos, espelhos, lixa de unha...
Ø  Dia D de pedicuro e manicure – tesourinha, lixa, toalha, esmalte, base...


AVALIAÇÃO: Percebendo que a higiene corporal é de suma importância, portanto, através desse projeto, queremos que nossos alunos sejam beneficiados, orientados e alertados da necessidade do cuidado do corpo como um todo. É um assunto abrangente, e faz-se necessário um trabalho contínuo, sempre voltado para o fator limpeza. Na oportunidade, queremos também que todos os alunos se informem das várias formas de higiene em casa, na escola e na comunidade.
A proposta é mostrar ao aluno que seu corpo "é fonte de vida" e que merece carinho e cuidados especiais.
Os alunos serão avaliados através do envolvimento ao participar das atividades desenvolvidas durante o projeto.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Fobia Escolar


Pesquisadora: Aracleide Ferreira de Souza Freitas - psicopedagoga
O medo de ir à escola e do ambiente escolar é real para muitas crianças. Apresentam sintomas, principalmente próximo ao horário de ir à escola.
Os sintomas, por sua vez, são dores de estômago, dores de cabeça, vômitos, choro excessivo, ansiedade, roer unhas compulsivamente.
A fobia escolar é classificada como um tipo de transtorno de ansiedade, que se não for tratada pode trazer graves consequências para a vida escolar, muitas podem até perder o ano escolar, e caso não seja tratada chegam ao chamado "fracasso escolar".
Importante que os pais, professores, coordenadores estimulem a criança a ir a escola. Mas de uma forma que faça com que a criança se sinta segura. Muitos pais não entendem ou não sabem que a fobia escolar existe e colocam castigos as crianças que atingem além da autoestima também a integridade.
Pai e mãe escutem o seu filho, ajude-o a ser seguro e lutar contra os medos. Pergunte sobre o que está acontecendo, quais os medos que tem sentido; muitas vezes, essa criança apresenta algum tipo de dificuldade de aprendizagem, ou déficit de atenção e tem vergonha por não conseguir aprender, ou ainda os colegas da classe o incomodam com gozações.
Se os pais não estiverem conseguindo encorajar o filho a frequentar a escola, é importante procurar ajuda profissional, seja um psicólogo para auxiliar na autoestima ou psiquiatra com o uso de medicações que controlam a ansiedade que está presente.
Caso a criança apresente sintomas como vômitos, febre é importante ir ao médico para descartar possíveis viroses, este também poderá realizar avaliação e diagnosticar a possível fobia escolar.
Pai e mãe estimulem o seu filho a crescer feliz, esteja ao lado dele para passar segurança. Crescer muitas vezes dá medo. A sociedade, escola, pais tem exigido muito das crianças que antes iam a escola e brincavam. Hoje em dia, a semana é preenchida com escola e cursos que ocupa quase todo o tempo da rotina da criança.

Para dúvidas, aconselhamentos e orientações psicológicas online:

Psicóloga Regina Deichmann Ferrarezzo
CRP: 06/72676

Alfabetização na idade errada


Pesquisadora: Aracleide Ferreira de Souza Freitas - Psicopedagoga
Patrulho-pedagogos de nossas faculdades criam termos como 'letramento', ignoram a ciência. O aluno é Champollion com sua pedra de Roseta, diz a ideologia.
Quem tem filho em escola particular sabe que a idade certa para alfabetizar é aos seis anos. Por que o MEC propõe que isso possa ocorrer aos oito anos na escola pública?
Há vários critérios para balizar uma resposta: a experiência nacional, a experiência internacional e a evidência científica.
No Brasil, escolas privadas e centenas de escolas públicas alfabetizam aos seis anos-antes no terceiro período da pré-escola, agora no primeiro ano do ensino fundamental. No plano internacional, todos os países com o sistema alfabético de escrita alfabetizam seus alunos no primeiro ano da escola formal.
Há duas exceções. Os de língua inglesa, que levam mais tempo (três anos) pela quantidade de fonemas e pela complexidade do seu código ortográfico, e os de língua francesa, que ensinam a ler no primeiro ano, mas muitas crianças ainda apresentam dificuldades no processamento ortográfico até o fim do segundo-uma palavra com o som "ô" pode se escrever o, ô, ot, au, eau, eaux...
O sistema de escrita da língua portuguesa tem complexidade média, pode ser aprendido em quase sua totalidade ao final de um ano.
E a evidência científica: a ciência cognitiva da leitura -ignorada pelas faculdades de educação e pelas autoridades educacionais, mas reconhecida como paradigma científico da área- tem suas respostas.
A Academia Brasileira de Ciências publicou um relatório sobre o tema em 2011, que valeria ser lido e levado a sério. Mas essas evidências não são levadas em conta no Brasil. É mais cômodo bater claque para tudo que vem do Planalto ou que agrada a certos ouvidos.
Por que empacamos no assunto? Porque as autoridades colocaram a raposa para cuidar do galinheiro.
Bastam poucos exemplos para ilustrar como estamos amassando barro em discussões fúteis e políticas equivocadas, que seriam superadas se a ideologia e o corporativismo cedessem lugar ao diálogo e ao debate embasado em evidências.
É bom que as autoridades políticas falem em alfabetização na idade certa. Pelo menos começam a falar do problema, depois de ter torrado bilhões em programas ineficazes de alfabetização de adultos.
Mas o gigante desperta de mau humor e se levanta com o pé esquerdo. O programa não define o que seja alfabetização e erra na idade em que se deve alfabetizar. Trata-se de inaceitável hipocrisia, pois só é aplicável aos alunos da rede pública e não aos filhos e netos dos que advogam essas políticas.
Inventam-se termos melífluos e indefinidos como "letramento" para confundir as mentes e sugerir que a aprendizagem do código alfabético é algo de segunda classe, que sequer merece ser tratado pelo próprio nome. A tal Provinha Brasil é um testemunho vivo dessa visão equivocada do que seja alfabetizar e da confusão reinante no país entre leitura e compreensão.
A inexistência de um programa de ensino onde as competências da alfabetização sejam bem definidas é o atestado da renúncia oficial em enfrentar os problemas de frente.
Até o termo "cartilha", adotado em todas as áreas pelos que desejam iniciar alguém em algum assunto, é tido como anacronismo pelos patrulho-pedagogos de plantão.
No Brasil, a pedagogia da alfabetização ficou paralisada desde a década de 1970. Jogamos fora o bebê e a água do banho. Paramos de formar professores alfabetizadores, paramos de alfabetizar as crianças, tudo em nome de uma ideologia que afirma que o aluno é um Champollion diante da pedra de Roseta, capaz de descobrir por si mesmo o código alfabético.
Tornamo-nos prisioneiros de ideias requentadas de autores há muito falecidos e que só fazem sucesso nos trópicos.
A paralisia intelectual de nossos ideo-pedagogos e a opção preferencial do MEC pelo corporativismo nos trazem vultosos prejuízos.
Para avançar em educação, o Brasil precisa romper o círculo vicioso de consultar sempre as mesmas pessoas e grupos escolhidos por critérios ideológicos, sem compromisso com evidências e resultados.
O país deve ouvir o que a ciência tem a dizer sobre o que é alfabetizar, como alfabetizar, quando alfabetizar e como saber se o aluno sabe ler e escrever. Até lá, vamos continuar a sacrificar os alunos da escola pública no altar das ideologias.

JOÃO BATISTA ARAUJO E OLIVEIRA, 65, doutor em educação, é presidente do Instituto Alfa e Beto. Foi secretário-executivo do Ministério da Educação (1995 gestões FHC)
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