Pesquisadora: Aracleide
Quem já se deparou com famoso “aluno com sérias
dificuldades escolares”?
A algum tempo atrás as famílias corriam em busca de
um professor particular que desse um reforço nas matérias e ajudasse o aluno a
passar de ano. Em alguns casos a escola já acostumada com o rendimento do aluno
e a família já conhecendo suas limitações buscava o reforço escolar ainda no
primeiro semestre do ano letivo.
Os profissionais da educação, em especial
professores e orientadores educacionais, já conhecem o perfil dos alunos com
dificuldades escolares. Com o passar do tempo perceberam que somente o reforço
escolar, mesmo que contínuo não alcançava o objetivo de melhorar o rendimento
do aluno.
Face à necessidade de atender crianças com este
tipo de dificuldades é que nasceu o Psicopedagogo. Os educadores,
principalmente das áreas Psicologia, Fonoaudiologia e Pedagogia, foram levados
a complementar sua formação, utilizando conhecimento de diferentes áreas, para
que sua prática fosse exercida.
A Psicopedagogia Clínica ou Terapêutica é um campo
de conhecimento relativamente novo e surgiu na fronteira entre a Pedagogia e a
Psicologia, com o objetivo básico de buscar condições de aprendizagem do
paciente, identificando as áreas de competência e de dificuldades do educando
em questão.
O psicopedagogo é o profissional que, segundo
Alicia Fernandez – psicopedagoga Argentina – vê a aprendizagem do ponto de
vista pedagógico e psicológico, procurando assumir a dupla polaridade de seu
papel. Este deve realizar sua tarefa de pedagogo sem perder de vista os
propósitos terapêuticos de sua ação.
O diagnóstico psicopedagógico é fundamentalmente
uma pesquisa das causas do “não aprender”.
A especificidade de seu trabalho fixa-se em alguns
pontos tais como:
·
O
fato de que o distúrbio de aprendizagem seja considerado como a manifestação de
uma perturbação, que envolve a totalidade da personalidade.
·
Considera
a evolução da criança dentro de uma perspectiva dinâmica.
·
O
psicopedagogo sabe que sua atividade consiste em transmitir conhecimentos nas
áreas especificamente deficitárias. E obviamente – isso não é uma atividade
neutra nem para ele nem para a criança – o papel da relação educativa é
primordial.
·
Sua
tarefa principal é levar a criança a reintegrar-se à vida escolar normal,
segundo suas possibilidades e interesses.
O papel da família e da escola como transmissores
de cultura devem sempre esclarecer a importância da relação dinâmica entre o
psicopedagogo e essas fontes: família, escola e clínica, tão importantes para o
bom desenvolvimento do indivíduo em sua totalidade, para uma saudável vida
escolar.
“ É
preciso exigir de cada um o que cada um poder dar.”
Saint-exupéry
Saint-exupéry
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