sábado, 29 de setembro de 2012

Atividade 1.1


PROINFO – Programa Nacional de Tecnologia Educacional
PROINFO INTEGRADO – Programa Nacional de Formação continuada em Tecnologia Educacional
CURSO: Tecnologias na Educação Ensinando e Aprendendo com as TIC – hs
FORMADOR: Fábio Macedo
CURSISTA: Aracleide Ferreira de Souza Freitas


ATIVIDADE 1.1 REFLEXÕES INICIAIS

      Como professora reflito sobre como a escola se coloca diante deste novo panorama na sociedade dizendo que a Tecnologia na Educação requer um olhar mais abrangente, envolvendo novas formas de ensinar, de aprender e de desenvolver um currículo condizente com a sociedade tecnológica, a qual se caracteriza pela integração, complexidade e convivência com a diversidade de linguagens e formas de representar o conhecimento.
      E o que mudou na última década foi a forma de compreender as potencialidades inerentes a cada tecnologia e suas contribuições ao ensinar e aprender poderá trazer avanços substanciais à mudança da escola, a qual se relaciona com um processo de conscientização e transformação que vai além do domínio de tecnologias e traz subjacente uma visão de mundo, de homem, de ciência e de educação.
      Diante desse novo desafio sinto-me ainda uma aprendiza que procuro melhorar minha prática pedagógica para que possa mediar essa aprendizagem com propriedade e segurança.
Saliento que a minha postura diante da necessidade de aprender ao alongo da vida e das novas formas de letramento/alfabetização é de ampliar meus conhecimentos sobre essa modalidade de conhecer de forma fundamental essa metodologia como forma de aprender e ensinar.
      Faço minhas as palavras de Pozo. “Vivemos em uma sociedade de aprendizagem, na qual aprender constitui uma exigência social crescente que conduz a um paradoxo: cada vez mais se aprende mais e cada vez mais se fracassa na tentativa de aprender.”
      Porém essa epígrafe nos fomenta a pensar sobre como estamos conduzindo nossas crianças ao conhecimento. Vive-se em uma era de informação, mas ao mesmo tempo, existe um fracasso de aprendizagem nas estatísticas educacionais. O que acontece de errado então? O autor argumenta que é necessária uma nova cultura da aprendizagem. Aprendizagem esta que deve ser gerada e concebida de outra maneira. Estamos lidando com muita informação, com diversas tecnologias, porém é visível que crianças e adultos não conseguem interpretá-las. Historicamente a imprensa proporcionou ao homem novas formas de ler, que mudaram a cultura da aprendizagem. Hoje as tecnologias estão distribuindo todo esse saber, porém são imprescindíveis, novas maneiras de alfabetização (literária, gráfica, informática, etc.)
      A escola precisa formar um aluno que saiba dar sentido a tanta informação, e que eles adquiram capacidade de uma aprendizagem a uma assimilação crítica dessa informação. A aprendizagem deve ser internalizada não mais por repetição. O aluno hoje que decora, não interessa mais ao mercado de trabalho. Hoje, o mercado de trabalho busca um ser pensante, crítico... E isso só se constrói com muita leitura interpretativa. Como ele mesmo diz um conhecimento verdadeiro, um saber ordenado. Para que isso aconteça de maneira concreta, sugere o ensino das novas competências para a gestão do conhecimento. São elas: Competências para a aquisição de informação; Competências para a interpretação da informação; Competências para a análise da informação; Competências para a compreensão da informação; Competências para a comunicação da informação. No entanto, essa nova cultura de aprendizagem irá ocorrer, quando o perfil de aluno e do professor mudar completamente. Principalmente no que diz respeito ao currículo escolar, exigindo novas funções dos docentes e discentes, com profunda mudança de mentalidade no processo de ensino aprendizagem, criando então, essa nova cultura. Esse será o novo desafio a ser enfrentados por nossos sistemas educacionais. Dessa maneira tanto saber, não fracassará mais ao se tentar aprender.





terça-feira, 25 de setembro de 2012

O que trabalhar com crianças do Maternal I (2 a 3 anos)


Pesquisadora: Aracleide Ferreira de Souza Freitas - professora/coordenadora pedagógica

MATERNAL I (2 a 3 anos)

 OBJETIVO:

Promover o desenvolvimento físico, psíquico e social da criança respeitando sua maturidade emocional. Incentivar o uso do raciocínio através de atividades recreativas que valorizem a auto estima do aluno.
 ATIVIDADES:

• Controle dos esfíncteres, de forma gradativa e com grande paciência e estímulo/incentivo por parte do professor.

• Higiene Bucal apõe as refeições, estimulando e incentivando para o uso da escova.

• Alimentar-se sozinho, com ajuda do professor, aos poucos as crianças aprendem a levar a colher sozinha à boca.

• Introdução de alimentos sólidos, onde aos poucos as crianças deverão se alimentar normalmente, como as crianças maiores, tirando a sopa e a fruta.

• Estimulação do próprio corpo,  identificando e nomeando as partes do corpo. Pode utilizar músicas e brincar de lavar a boneca. No banho também se nomeia o corpo.

• Garatuja: folhas em branco, onde a criança poderá pintar com lápis, giz de cera e/ou guache (tomando muito cuidado para não levar à boca e aos olhos).

• Exercícios de encaixe, sempre incentivando para que a criança acerte. De início o professor deve ajudar a criança, até que ela consiga associar a forma ao buraco.

• Jogos de bola em rodas, promovendo a integração social, onde a criança deverá joga-la para o amigo, dizendo o nome (ou dito pelo professor).

• Trabalhos manuais com massinhas e argila, deixando que estes manuseiem bastante.

• Incentivo e desenvolvimento da fala, onde o professor deverá conversar e estimular para que a criança consiga manifestar o que quer, não permitindo que ela só se manifeste por gestos.

• Ampliar seu vocabulário, conversando diariamente, com a criança sobre os aspectos do dia-a-dia.

• Incentivar e permitir a fala da criança em todas as atividades possíveis, falando corretamente com a criança. Mostrar à criança a conveniência de falar em voz baixa, trabalhando com a criança o saber escutar.

• Apresentação das cores.

• Trabalhos com músicas gestuais, cantigas de roda e dança, estimulando partes do corpo.

• Contos de histórias curtas.

• Coordenação motora livre, como rasgar papel, brincar de massinha, etc.

• Brincadeiras de imitar os adultos, como escovar os dentes de bonecas, fazer comidinha, ir as compras, banho de bonecas, etc.

• Explorar o ambiente escolar, mostrando árvores, passarinhos, parquinho, etc.

• O uso do parquinho diário, pois nessa idade a criança tem bastante energia e grande dificuldade de concentração, por isso todas as atividades devem ser curtas e com bastante estímulo/incentivo por parte do professor.

• Imposição de limites e boas maneiras, dizendo "não" à criança, toda vez que colocar em perigo si mesmo, os colegas, tias e o ambiente escolar.

• Traçados simples: Coordenação Motora.

• Formas Geométricas: círculo, quadrado e triângulo
 OBJETIVOS SÓCIO-EMOCIONAIS:

1. Desenvolve hábitos de asseio: pedir para ir ao banheiro, lavar as mãos, limpar o nariz, etc.

2. Habitua-lo a usar os clichês sociais. Exemplo: Por favor, muito obrigado, com licença, etc.

3. Permitir que a criança seja independente.

4. Deixa-la explorar ao máximo os objetos e brinquedos.

5. Levar a criança a brincar com os outros do grupo.

6. Fazer com que a criança não fixe em um único colega.

7. Mantê-la ocupada.

8. Levar a criança a participar das atividades de grupo.

OBSERVAÇÕES:

 CARACTERÍSTICAS:

Aproximadamente entre 2 e 3 anos.

• Egocentrismo.

• Descobertas: tato, movimentos, formas, pessoas, texturas, reprodução de sons, andar, comunicação, etc.

• Coordenação Motora: abrir, fechar, empilhar, encaixar, puxar, empurrar, etc.

TIPOS DE BRINCADEIRAS:

• Brincadeiras referentes à educação sensório-motora (sentir/executar).


• Exploração, canto, perguntas e respostas, esconder.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Câncer de Mama



Pesquisadora; Professora Aracleide Ferreira de Souza Freitas

Como são as mamas:

As mamas (ou seios) são glândulas e sua função principal é a produção de leite. Elas são compostas de lobos que se dividem em porções menores, os lóbulos, e ductos, que conduzem o leite produzido para fora pelo mamilo. Como todos os outros órgãos do corpo humano, também se encontram nas mamas vasos sanguíneos, que irrigam a mama de sangue, e os vasos linfáticos, por onde circula a linfa. A linfa é um líquido claro que tem uma função semelhante ao sangue de carregar nutrientes para as diversas partes do corpo e recolher as substâncias indesejáveis. Os vasos linfáticos se agrupam no que chamamos de gânglios linfáticos, ou ínguas. Os vasos linfáticos das mamas drenam para gânglios nas axilas (em baixo dos braços) na região do pescoço e no tórax.

Os tipos de câncer de mama:

O câncer de mama ocorre quando as células deste órgão passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma desordenada. A maioria dos cânceres de mama acomete as células dos ductos das mamas. Por isso, o câncer de mama mais comum se chama Carcinoma Ductal. Ele pode ser in situ, quando não passa das primeiras camadas de célula destes ductos, ou invasor, quando invade os tecidos em volta. Os cânceres que começam nos lóbulos da mama são chamados de Carcinoma Lobular e são menos comuns que o primeiro. Este tipo de câncer muito freqüentemente acomete as duas mamas. O Carcinoma Inflamatório de mama é um câncer mais raro e normalmente se apresenta de forma agressiva, comprometendo toda a mama, deixando-a vermelha, inchada e quente.



O câncer de mama, como muitos dos cânceres, tem fatores de risco conhecidos. Alguns destes fatores são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que uma pessoa tem a este determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver este câncer.
Existem também os fatores de proteção. Estes são fatores que, se a pessoa está exposta, a sua chance de desenvolver este câncer é menor.

Os fatores conhecidos de risco e proteção do câncer de mama são os seguintes:

Idade:
 
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O câncer de mama é mais comum em mulheres acima de 50 anos. Quanto maior a idade maior a chance de ter este câncer. Mulheres com menos de 20 anos raramente têm este tipo de câncer.
Exposição excessiva a hormônios:
 
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Terapia de reposição hormonal (hormônios usados para combater os sintomas da menopausa) que contenham os hormônios femininos estrogênio e progesterona aumentam o risco de câncer de mama. Não tomar ou parar de tomar estes hormônios é uma decisão que a mulher deve tomar com o seu médico, pesando os riscos e benefícios desta medicação.
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Anticoncepcional oral (pílula) tomado por muitos anos também pode aumentar este risco.
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Retirar os ovários cirurgicamente diminui o risco de desenvolver o câncer de mama porque diminui a produção de estrogênio (menopausa cirúrgica).
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Algumas medicações "bloqueiam" a ação do estrogênio e são usadas em algumas mulheres que tem um risco muito aumentado de desenvolver este tipo de câncer. Usar estas medicações (como o Tamoxifen) é uma decisão tomada junto com o médico avaliando os risco e benefícios destas medicações.
Radiação:
 
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Faz parte do tratamento de algumas doenças irradiarem a região do tórax. Antigamente muitas doenças benignas se tratavam com irradiação. Hoje, este procedimento é praticamente restrito ao tratamento de tumores. Pessoas que necessitaram irradiar a região do tórax ou das mamas têm um maior risco de desenvolver câncer de mama.
Dieta:
 
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Ingerir bebida alcoólica em excesso está associado a um discreto aumento de desenvolver câncer de mama. A associação com a bebida de álcool é proporcional ao que se ingere, ou seja, quanto mais se bebe maior o risco de ter este câncer. Tomar menos de uma dose de bebida alcoólica por dia ajuda a prevenir este tipo de câncer (um cálice de vinho, uma garrafa pequena de cerveja ou uma dose de uísque são exemplos de uma dose de bebida alcoólica).Se beber, portanto, tomar menos que uma dose por dia.
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Mulheres obesas têm mais chance de desenvolver câncer de mama, principalmente quando este aumento de peso se dá após a menopausa ou após os 60 anos. Manter-se dentro do peso ideal (veja o cálculo de IMC neste site), principalmente após a menopausa diminui o risco deste tipo de câncer.
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Seguir uma dieta saudável, rica em alimentos de origem vegetal com frutas, verduras e legumes e pobre em gordura animal pode diminuir o risco de ter este tipo de câncer. Apesar dos estudos não serem completamente conclusivos sobre este fator de proteção, aderir a um estilo de vida saudável, que inclui este tipo de alimentação, diminui o risco de muitos cânceres, inclusive o câncer de mama (veja Dieta do Mediterrâneo neste site).
Exercício físico:
 
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Exercício físico normalmente diminui a quantidade de hormônio feminino circulante. Como este tipo de tumor está associado a esse hormônio, fazer exercício regularmente diminui o risco de ter câncer de mama, principalmente em mulheres que fazem ou fizeram exercício regular quando jovens.
História ginecológica:
 
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Não ter filhos ou engravidar pela primeira vez tarde (após os 35 anos) é fator de risco para o câncer de mama.
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Menstruar muito cedo (com 11 anos, ou antes) ou parar de menstruar muito tarde expõe a mulher mais tempo aos hormônios femininos e por isso aumenta o risco deste câncer.
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Amamentar, principalmente por um tempo longo, um ano ou mais somado todos os períodos de amamentação, pode diminuir o risco do câncer de mama
História familiar:
 
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Mulheres que tem parentes de primeiro grau, mães, irmãs ou filhas, com câncer de mama, principalmente se elas tiverem este câncer antes da menopausa, são grupo de risco para desenvolver este câncer.
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Apesar de raro, homens também podem ter câncer de mama e ter um parente de primeiro grau, como o pai, com este diagnóstico também eleva o risco familiar para o câncer de mama.
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Pessoas deste grupo de risco devem se aconselhar com o seu médico para definir a necessidade de fazer exames para identificar genes que possam estar presentes nestas famílias. Se detectado um maior risco genético, o médico pode propor algumas medidas para diminuir estes riscos. Algumas medidas podem ser bem radicais ou ter efeitos colaterais importantes. Retirar as mamas e tomar Tamoxifen são exemplos destas medidas. A indicação destes procedimentos e a discussão dos prós e contras é individual e deve ser tomada junto com um médico muito experiente nestes casos.
Alterações nas mamas:
 
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Ter tido um câncer de mama prévio é um dos maiores fatores de risco para este tipo de câncer. Manter-se dentro do peso ideal, fazer exercício físico, seguir corretamente as recomendações do seu médico e fazer os exames de revisão anuais são medidas importantes para diminuir a volta do tumor ou ter um segundo tumor de mama.
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Ter feito biópsias mesmo que para condições benignas está associado a um maior risco de ter câncer de mama.
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Mamas densas na mamografia estão associadas a um maior risco para este tumor. É muito importante que a mamografia seja feita em um serviço qualificado e que o exame seja comparado com exames anteriores.
Sintomas do câncer de mama:

O câncer de mama normalmente não dói. A mulher pode sentir um nódulo (ou caroço) que anteriormente ela não sentia. Isso deve fazer ela procurar o seu médico. O médico vai palpar as mamas, as axilas e a região do pescoço e clavículas e se sentir um nódulo na mama pedirá uma mamografia.
A mulher também pode notar uma deformidade na suas mamas, ou as mamas podem estar assimétricas. Ou ainda pode notar uma retração na pele ou um líquido sanguinolento saindo pelo mamilo. Nos casos mais adiantados pode aparecer uma "ferida" (ulceração) na pele com odor muito desagradável.
No caso de carcinoma inflamatório a mama pode aumentar rapidamente de volume, ficando quente e vermelha.
Na maioria dos casos, a mulher é a responsável pela primeira suspeita de um câncer. É fundamental que ela conheça as suas mamas e saiba quando alguma coisa anormal está acontecendo. As mamas se modificam ao longo do ciclo menstrual e ao longo da vida. Porém, alterações agudas e sintomas como os relacionados acima devem fazer a mulher procurar o seu médico rapidamente. Só ele pode dizer se estas alterações podem ou não ser um câncer. 

Como se faz o diagnóstico de câncer de mama:

A mamografia é um Rx das mamas. Este exame também é feito para detecção precoce do câncer quando a mulher faz o exame mesmo sem ter nenhum sintoma. Caso a mama seja muito densa, o médico também vai pedir uma ecografia das mamas.
Se a mamografia mostra uma lesão suspeita, o médico indicará uma biópsia que pode ser feita por agulha fina ou por agulha grossa. Geralmente, esta biópsia é feita com a ajuda de uma ecografia para localizar bem o nódulo que será coletado o material, se o nódulo não for facilmente palpável. Após a coleta, o material é examinado por um patologista (exame anátomo-patológico) que definirá se esta lesão pode ser um câncer ou não.

Tratamento para o câncer de mama:

Existem vários tipos de tratamento para o câncer de mama. São vários os fatores que definem o que é mais adequado em cada caso. Antes da decisão de que tipo de tratamento é mais adequado o médico analisa o resultado do exame anátomo-patológico da biópsia ou da cirurgia se esta já tiver sido feita. Além disso, o médico pede exames de laboratório e de imagem para definir qual a extensão do tumor e se ele saiu da mama e se alojou em outras partes do corpo.
Se o tumor for pequeno, o primeiro procedimento é uma cirurgia onde se tira o tumor. Dependendo do tamanho da mama, da localização do tumor e do possível resultado estético da cirurgia, o cirurgião retira só o nódulo, uma parte da mama (geralmente um quarto da mama ou setorectomia) ou retira a mama inteira (mastectomia) e os gânglios axilares.
As características do tumor retirado e a extensão da cirurgia definem se a mulher necessitará de mais algum tratamento complementar ou não. Geralmente, se a mama não foi toda retirada, ela é encaminhada para radioterapia.
Dependendo do estadiamento, ou seja, quão avançada está a doença (tamanho, número de nódulos axilares comprometidos e envolvimento de outras áreas do corpo), também será indicada quimioterapia ou hormonioterapia. Radioterapia é o tratamento que se faz aplicando raios para eliminar qualquer célula que tenha sobrado no local da cirurgia que por ser tão pequena não foi localizada pelo cirurgião nem pelo patologista. Este tratamento é feito numa máquina e a duração e intensidade dependem das características do tumor e da paciente.
Quimioterapia é o uso de medicamentos, geralmente intravenosos, que matam células malignas circulantes. O tipo de quimioterápico utilizado depende se a mulher já está na menopausa e a extensão da sua doença. Hormonioterapia é o uso de medicações que bloqueiam a ação dos hormônios que aumentam o risco de desenvolver este tipo de câncer. Este tratamento é dado para aquelas pacientes em que o tumor mostrou ter estes receptores positivos (receptor de estrogênio e receptor de progesterona).

Detecção precoce do câncer de mama:

O exame de palpação realizado pelo médico e a mamografia são os exames realizados para uma detecção precoce desse tipo de câncer.

Como o médico faz esse exame?

O exame mais fácil de se realizar para se detectar uma alteração da mama é o exame de palpação. Neste exame o médico palpa toda a mama, a região da axila e a parte superior do tronco em busca de algum nódulo ou alteração da pele, como retração ou endurecimento, e de alguma alteração no mamilo.
A mamografia é um Raio X das mamas e das porções das axilas mais próximas das mamas. Nesse exame, o radiologista procura imagens sugestivas de alterações do tecido mamário e dos gânglios da axila. A ecografia das mamas pode auxiliar o radiologista a definir que tipo de alterações é essas.
Esses exames, quando realizados anualmente ou mais frequentemente, dependendo da história individual da paciente (presença de fatores de risco ou história de tumores e biópsias prévias), pode diminuir a mortalidade por esse tipo de tumor, quando realizados entre os 50 e os 69 anos.
Porém, este tipo de tumor tem características diferentes para populações diferentes. Isto altera o quanto a mamografia é eficaz em diminuir a mortalidade por este tipo de tumor.

Realizar esses exames entre os 40 e os 49 anos pode diminuir a mortalidade por este tipo de tumor, mas o efeito dessa diminuição só se dará quando essas mulheres tiverem mais de 50 anos. 

terça-feira, 31 de julho de 2012

Projeto Pedagógico: O Corpo e Higiene





Estado do Rio Grande do Norte
Prefeitura Municipal de Coronel Ezequiel / RN
Secretaria Municipal de Educação Cultura e Desportos.
Unidade de Ensino Lina Maria da Conceição
Sítio Santa Quitéria
Coronel Ezequiel / RN


PROJETO: O corpo e higiene.

TEMA: Eu e meu corpo.
ELABORAÇÃO: Aracleide Ferreira de Souza Freitas
DURAÇÃO: 16  a 27 de julho de 2012
DIRETORA: Maria Vitalma da Silva
CLIENTELA: Alunos do 4º e  5º anos do Ensino Fundamental

JUSTIFICATIVA: A escolha desse projeto surgiu pelo fato dos alunos apresentarem maiores necessidades e precisarem de orientações de como cuidar do próprio corpo. Pois nesta fase é importante que os alunos adquiram, aproveitem todas as oportunidades para valorizar a vida, a saúde, a higiene e o meio onde vivem.

OBJETIVO GERAL: Conhecer e valorizar o próprio corpo e conscientizar os alunos sobre a importância da higiene para uma vida saudável.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

· Socializar.
· Ampliar e enriquecer o vocabulário para interagir com o meio.
· Desenvolver a linguagem oral, a coordenação motora e a criatividade.
· Desenvolver o gosto pela música.
· Estimular a concentração e atenção.
Valorizar seu corpo, sua saúde, sua vida, seu meio social e ambiental;
· Identificar as partes do corpo.
· Identificar as partes do rosto.
· Reconhecer e desenvolver os cinco sentidos (tato, visão, olfato, paladar e audição).
· Nomear as partes do corpo e os órgãos do sentido;
Adquirir noções fundamentais sobre a higiene em nossa vida;
Reconhecer a importância e a necessidade de se ter uma boa higiene corporal, bucal e mental;
Desenvolver o hábito de cuidar de si mesmo;
Realizar atividades diárias de higiene;
Organizar rotinas de práticas de escovação dos dentes;
Estimular para a prática correta de tomar banho, cortar as unha e cabelos;
· Visualizar e interpretar imagens;
Dramatizar histórias;

CONTEÚDO:

· Corpo e higiene;
· Órgãos dos sentidos;
· Alimentação e saúde;
· Artes plásticas: pintura, modelagem, recorte e colagem com material diverso, desenho livre e dirigido;
· Músicas;
· Sistema de numeração, (traçado, noção de quantidade);
· Linguagem oral;
· Descoberta do corpo;
· Motricidade;
· Expressão corporal;
· Dramatização e criatividade;
· Movimento;

METODOLOGIA:

Conversas e debates; (importância dos alimentos para a saúde, importância dos cuidados com o corpo e higiene).
· Visualização e descrição sobre as partes do corpo;
· Cartazes com regras de higiene;
· Músicas relacionadas ao tema;
· Historinhas: “O Sanduíche da Maricota” - Avelino Guedes – Editora – Moderna. “A Galinha Ruiva” – Editora FTD.
Jogos (quebra-cabeça, figuras, labirinto, ligar e jogo da memória);
· Recorte e colagem de gravuras;
Dinâmicas de grupo;
Reprodução de histórias;
Exposição dos bonecos ilustrados de cada criança;
· Confecção do livrinho: O dentinho;
· Grafismo: desenho, pintura, traçado;

CULMINÂNCIA: DIA DA BELEZA.
Ø  Dia D da escovação
Ø  Dia D da caça ao piolho
Ø  Dia D do lava cabelos e cortes de cabelo- hidratação...
Ø  Sorteio de escovas, pentes finos, espelhos, lixa de unha...
Ø  Dia D de pedicuro e manicure – tesourinha, lixa, toalha, esmalte, base...


AVALIAÇÃO: Percebendo que a higiene corporal é de suma importância, portanto, através desse projeto, queremos que nossos alunos sejam beneficiados, orientados e alertados da necessidade do cuidado do corpo como um todo. É um assunto abrangente, e faz-se necessário um trabalho contínuo, sempre voltado para o fator limpeza. Na oportunidade, queremos também que todos os alunos se informem das várias formas de higiene em casa, na escola e na comunidade.
A proposta é mostrar ao aluno que seu corpo "é fonte de vida" e que merece carinho e cuidados especiais.
Os alunos serão avaliados através do envolvimento ao participar das atividades desenvolvidas durante o projeto.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Fobia Escolar


Pesquisadora: Aracleide Ferreira de Souza Freitas - psicopedagoga
O medo de ir à escola e do ambiente escolar é real para muitas crianças. Apresentam sintomas, principalmente próximo ao horário de ir à escola.
Os sintomas, por sua vez, são dores de estômago, dores de cabeça, vômitos, choro excessivo, ansiedade, roer unhas compulsivamente.
A fobia escolar é classificada como um tipo de transtorno de ansiedade, que se não for tratada pode trazer graves consequências para a vida escolar, muitas podem até perder o ano escolar, e caso não seja tratada chegam ao chamado "fracasso escolar".
Importante que os pais, professores, coordenadores estimulem a criança a ir a escola. Mas de uma forma que faça com que a criança se sinta segura. Muitos pais não entendem ou não sabem que a fobia escolar existe e colocam castigos as crianças que atingem além da autoestima também a integridade.
Pai e mãe escutem o seu filho, ajude-o a ser seguro e lutar contra os medos. Pergunte sobre o que está acontecendo, quais os medos que tem sentido; muitas vezes, essa criança apresenta algum tipo de dificuldade de aprendizagem, ou déficit de atenção e tem vergonha por não conseguir aprender, ou ainda os colegas da classe o incomodam com gozações.
Se os pais não estiverem conseguindo encorajar o filho a frequentar a escola, é importante procurar ajuda profissional, seja um psicólogo para auxiliar na autoestima ou psiquiatra com o uso de medicações que controlam a ansiedade que está presente.
Caso a criança apresente sintomas como vômitos, febre é importante ir ao médico para descartar possíveis viroses, este também poderá realizar avaliação e diagnosticar a possível fobia escolar.
Pai e mãe estimulem o seu filho a crescer feliz, esteja ao lado dele para passar segurança. Crescer muitas vezes dá medo. A sociedade, escola, pais tem exigido muito das crianças que antes iam a escola e brincavam. Hoje em dia, a semana é preenchida com escola e cursos que ocupa quase todo o tempo da rotina da criança.

Para dúvidas, aconselhamentos e orientações psicológicas online:

Psicóloga Regina Deichmann Ferrarezzo
CRP: 06/72676

Alfabetização na idade errada


Pesquisadora: Aracleide Ferreira de Souza Freitas - Psicopedagoga
Patrulho-pedagogos de nossas faculdades criam termos como 'letramento', ignoram a ciência. O aluno é Champollion com sua pedra de Roseta, diz a ideologia.
Quem tem filho em escola particular sabe que a idade certa para alfabetizar é aos seis anos. Por que o MEC propõe que isso possa ocorrer aos oito anos na escola pública?
Há vários critérios para balizar uma resposta: a experiência nacional, a experiência internacional e a evidência científica.
No Brasil, escolas privadas e centenas de escolas públicas alfabetizam aos seis anos-antes no terceiro período da pré-escola, agora no primeiro ano do ensino fundamental. No plano internacional, todos os países com o sistema alfabético de escrita alfabetizam seus alunos no primeiro ano da escola formal.
Há duas exceções. Os de língua inglesa, que levam mais tempo (três anos) pela quantidade de fonemas e pela complexidade do seu código ortográfico, e os de língua francesa, que ensinam a ler no primeiro ano, mas muitas crianças ainda apresentam dificuldades no processamento ortográfico até o fim do segundo-uma palavra com o som "ô" pode se escrever o, ô, ot, au, eau, eaux...
O sistema de escrita da língua portuguesa tem complexidade média, pode ser aprendido em quase sua totalidade ao final de um ano.
E a evidência científica: a ciência cognitiva da leitura -ignorada pelas faculdades de educação e pelas autoridades educacionais, mas reconhecida como paradigma científico da área- tem suas respostas.
A Academia Brasileira de Ciências publicou um relatório sobre o tema em 2011, que valeria ser lido e levado a sério. Mas essas evidências não são levadas em conta no Brasil. É mais cômodo bater claque para tudo que vem do Planalto ou que agrada a certos ouvidos.
Por que empacamos no assunto? Porque as autoridades colocaram a raposa para cuidar do galinheiro.
Bastam poucos exemplos para ilustrar como estamos amassando barro em discussões fúteis e políticas equivocadas, que seriam superadas se a ideologia e o corporativismo cedessem lugar ao diálogo e ao debate embasado em evidências.
É bom que as autoridades políticas falem em alfabetização na idade certa. Pelo menos começam a falar do problema, depois de ter torrado bilhões em programas ineficazes de alfabetização de adultos.
Mas o gigante desperta de mau humor e se levanta com o pé esquerdo. O programa não define o que seja alfabetização e erra na idade em que se deve alfabetizar. Trata-se de inaceitável hipocrisia, pois só é aplicável aos alunos da rede pública e não aos filhos e netos dos que advogam essas políticas.
Inventam-se termos melífluos e indefinidos como "letramento" para confundir as mentes e sugerir que a aprendizagem do código alfabético é algo de segunda classe, que sequer merece ser tratado pelo próprio nome. A tal Provinha Brasil é um testemunho vivo dessa visão equivocada do que seja alfabetizar e da confusão reinante no país entre leitura e compreensão.
A inexistência de um programa de ensino onde as competências da alfabetização sejam bem definidas é o atestado da renúncia oficial em enfrentar os problemas de frente.
Até o termo "cartilha", adotado em todas as áreas pelos que desejam iniciar alguém em algum assunto, é tido como anacronismo pelos patrulho-pedagogos de plantão.
No Brasil, a pedagogia da alfabetização ficou paralisada desde a década de 1970. Jogamos fora o bebê e a água do banho. Paramos de formar professores alfabetizadores, paramos de alfabetizar as crianças, tudo em nome de uma ideologia que afirma que o aluno é um Champollion diante da pedra de Roseta, capaz de descobrir por si mesmo o código alfabético.
Tornamo-nos prisioneiros de ideias requentadas de autores há muito falecidos e que só fazem sucesso nos trópicos.
A paralisia intelectual de nossos ideo-pedagogos e a opção preferencial do MEC pelo corporativismo nos trazem vultosos prejuízos.
Para avançar em educação, o Brasil precisa romper o círculo vicioso de consultar sempre as mesmas pessoas e grupos escolhidos por critérios ideológicos, sem compromisso com evidências e resultados.
O país deve ouvir o que a ciência tem a dizer sobre o que é alfabetizar, como alfabetizar, quando alfabetizar e como saber se o aluno sabe ler e escrever. Até lá, vamos continuar a sacrificar os alunos da escola pública no altar das ideologias.

JOÃO BATISTA ARAUJO E OLIVEIRA, 65, doutor em educação, é presidente do Instituto Alfa e Beto. Foi secretário-executivo do Ministério da Educação (1995 gestões FHC)
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